26 junho 2010

Nightwish...

First day of love never comes back
A passionate hour's never a wasted one
The violin, the poet's hand
Every thawing heart plays your theme with care




While Your Lips Are Still Red

20 novembro 2007

Ser o Negativo

As lagrimas são tão frias... ou serei eu que as sinto dessa forma...
A dor é tão intensa , o que é dor se não sinto mais nada...
Serei eu o negativo da razão... o que é razão sem saber o que é certo...
Quando penso e me obrigo a pensar, saberei eu interpretar ...
Hoje foi mais um dia de tantos outros... só não sei se valeu a pena vivê-lo...
As perguntas encaixam-se atormentando o respirar , mesmo sendo este tão fraco e sem força... ou é apenas a minha desistência por sorver o ar que me dá vida... não sei, estou sem respostas à minha própria duvida , eu própria ...

Vi as linhas do pensamento
Ao som da chuva que ecoava lá fora
Senti as horas da ansiedade
Sem te poder falar
E sobrevivi à angustia
Após saber a tua duvida
Sorri quando a morte passou...
Ontem vivia,
Carregava no peito a esperança
De um amanha perfeito
Sem questionar a perfeição...
Estou exausta dessa batalha
Aceito a negação
Como se eu fosse o negativo da vida
Porque a vida é vida
Quando tu me fizeste viver novamente...


Scorpio...

02 agosto 2007

Ouve o que vês...

Simulamos o beijo nas palavras, onde a procura do gosto fez a delicia do pecado da gula... seria evidente o desfecho da imagem, um tempo perdido no tempo de um passado que deixou apenas o gosto dos porquês .
Como seria se o tempo deixasse matar as horas de prazer que hoje torturam o sono, de um sono que não existe.
Tão vaga a sequência exposta... mas cada instante proporciona o apelo pelo amanha, numa corrida de metas fictícias onde o propósito é inalterável...
Saber lidar com a existência é aceitar mudo os erros do próprio viver... consentimos sóbrios os ciclos mundanos aplaudindo os sorrisos pérfidos. Somos fúteis transeuntes no caminho mais arcaico... a procura é em vão, as replicas da perfeição extinguiram-se e a palavra é vadia, usada em cada contexto conforme o cliente... Apetecia-me rasgar o português e escrever a essência das palavras com intensidade em cada letra... mas depois a frase seria explicita num contexto sem nexo onde eu acabaria no banco dos réus, julgada por profanar a mente que não me pertence... difícil resistir ao apelo de te sorver, pergunta após pergunta... faz cada pausa ser a resposta do que seria a resposta... e eu respondo no silêncio onde a voz só é audível se os olhos me lerem...

Scorpio

24 junho 2007

Talvez o amanhã...

O epicentro de um estado louco
Sem rosto...
Vivido num intenso sabor da duvida
Platónico, o sentido...
Revestido pela insegurança
De um dia conjugado no passado...
Ficou a imagem
De um desejo refugiado
Envolto na chama tormentosa
Da negação... de um talvez...
Será o que o amanha nos dá,
A incógnita...

09 abril 2007

Dor...

Seria o frio a razão
Medo...
Qual a sensação do frio
Emoção...
Quem define incubação
Nesta corrente interior,
Como purificar um estado pútrido
Penetrado no corpo
Sem resposta
Levando o ódio ao paladar...
E o que sinto
Se não sinto
Espero...
O peso das pálpebras
Cerram a imagem distorcida
Momento no negro familiar
Efeito de passagem pela quietude de um sonho
Onde o terror é impotente
E a espera é uma dor prazerosa...


Scorpio

27 março 2007

Meu tudo...


Angustia num desejo de amor
Numa entrega por um tudo
Onde a corda delineia o corpo como uma serpente
Deliciando o orgasmo da presa
Pelo sufoco de sentir
Na pele a marca, na carne a dor
No gosto, a palavra
Escrevendo na pauta
Notas para uma música
De um estado apaixonado
Sem som
O veneno consome
Alucinando o perfeito
Do que ficou , do que será
Ansiando o final
Delírio...
Amando ...


Scorpio

20 março 2007

Prelúdio

A caneta escorreu a tinta de tanto esperar para ser usada, acabou por secar, tal como a mente cansada que me veste. Talvez abandone o meu corpo, num sono hipnótico... e aí os meus distúrbios serão alimento da loucura, num momento lúcido, consentido... numa ausência aparente... não me entrego aos desígnios, apenas me permito.
A página sem cor, aguarda, mas eu escrevo em detalhes no registo da memória cada episódio, um após o outro... verdadeiras sequências cravadas a ferro, onde a dor é carinho, porque me faz sentir, e nesse instante sou vida, produto humano gerado sem consentimento... Curioso como o conceito de vivência se pode julgar, quem é o réu neste julgamento, apetece-me processar quem decidiu algo sem me consultar...
Quantos dias mais para a contagem de um final anunciado.


Scorpio

15 março 2007

Introspectiva...

E... sempre um e em cada frase
Separando o pensamento
Pautando ideias sucessivas
Neste controverso mundo lírico
Que tanto me fascina
Onde um e...
Tem a força da muralha
Ou do vento sem direcção,
Um e que me pára
Mostrando o tempo entre cada tempo
De um pensamento morto
Feito no momento de pausa...
E... revoltado sem coerência
De um cansaço acumulado
Absorve alucinado
No meu próprio egoísmo...
E ... assim fico
Num bailado sem som
Suspensa no acto de pensar... sustendo sem agir...


Scorpio

23 fevereiro 2007

Porque Eu Quero

No corredor da mente
Onde habitam os delírios
Os gritos entoam turvando a visão
Tudo faz sentido naquele corredor
Onde os reflexos do pânico não tem dor
Labirinto perfeito para tactear
Rasgar com as mãos...

Estou cansada do enigma que sou
De caminhar sem fim
Por um trilho desenhado pelo lápis da memória
Onde a borracha não apaga o tempo
Sugando a minha existência...
E se o meu grito for ouvido
Será que tu ouves
Sim tu... palavra que me acompanha
Num aglomerado número de frases
Compondo textos excêntricos
Ignorando em redor
Os olhos que furtam fragmentos meus...

Sou objecto de um texto
Delirando envolta de sons
Leio-me em poesia
Manchando de negro a literatura
Usurpando as palavras
Violo o direito de querer
E faço-o meu...

Meu...

Escrevendo com violência
Rasuro alienada
Tentando transcrever cada brado,
Dividindo a loucura que me assola
Na página deste dia...

Scorpio

02 fevereiro 2007

Sem fim...

Caminhando na neblina de um sonho, procuro a visão de uma saudade escondida...
No peito a traição... uma dor chamada vida
O abraço frio, guardado na eternidade da minha existência, alimenta a angustia de mais um dia, sem ouvir o eco do meu nome.
De mãos dadas com o tempo, enfrento a razão das palavras... páginas repletas de textos de uma história sem fim, preenchem o vazio de um futuro... sem amanhã.


Scorpio

26 janeiro 2007

Nós...

Entre espaços abertos, vazios... revestidos pela visão do nada, um estranho de nome sem som, furtou o nítido da imagem suposta. Momentos aqueles marcados num contexto invisual, de sabor tacteado a um gosto de esperança... Cruel sensação sorridente, marcada a sal numa tatuagem do tempo. Quantas vezes acordei sem nunca ter adormecido...
É assim que da clausura te grito sem medo do eco, neste patamar sem chão que tantas vezes foi prancha para o salto da vida...

Scorpio

18 janeiro 2007

Quem sou...





















Assassinos perfeitos
De silabas acentuadas
Habitam na clausura
No mais sóbrio Eu...
Sinto o corpo sem força
Entregue ao conflito
De uma busca sem procura...
Sem significado...
Um caminho conduzido
Na boleia do tempo
Sem hora de regresso...
Quem sou
O que sou
O que importa interrogar
Se a resposta perpetuar
O silêncio de uma morte...


Scorpio

09 janeiro 2007

Fim do presente...
























Promessa escondida
Feita do segredo impróprio
Condenada
Vivendo horas de mudança
Desejando o Beijo
O gosto do sangue
Único...
Da tua boca vou beber
A vida do amanhã
Pronuncio de uma morte
No percurso do ontem
Agora... neste presente
Cravo no peito a dor
Que um dia vivi...


Scorpio

03 janeiro 2007

Novo Ano... nos braços da saudade...






















Sorrisos apoteóticos
Cegaram o meu negro silêncio
Uma chuva psicadélica
Sem efeitos nefastos
Assombrou o céu
Alucinando um público convicto...

O momento esperado
Foi marcado por um ritmo decrescente
Trauteado em sussurros
Nos ecos de um interior
Onde a explosão foi exposta
Num delírio vocal...

Contemplar em redor
Era ver o espelho de um só ser
Apenas as cores se alteravam
E foi nesse instante
Que o cheiro destinguiu
O que os olhos não vêm
O abraço sem corpo
Deixou a marca sentida
Rasgando o meu sorriso
Na euforia que me dá vida
Onde cada etapa
É a razão de sentir...


Scorpio

22 dezembro 2006

Boas Festas

Um beijinho a todos
Divirtam-se...

14 dezembro 2006

Fiel a si mesmo...

Falavam de vida interrogando
Semeando fungos pela saliva dispersa,
Um encontro de hálitos
Onde os contextos vazios ecoavam...
Nos espelhos embaciados
Os germes reflectiam
O que o fruto do homem alcançava...

Seria o momento de agir
Rejeitar a razão
Unir o aço na carne
Abrindo a corrente do diluvio vermelho
Entregar a arma à coragem
Decisão irrevogável
Num acto de respeito...

E agora no silêncio
Contemplando impotência
Fala-se de morte... interrogando
Esquecendo os porquês
De um guerreiro que fez jus
Àquilo que era seu...


Scorpio

11 dezembro 2006

Fria... (vida sem registo)
























Atravesso a vida sem chão
Suspensa como uma rocha flutuante
O vento desafia o percurso
Inexorável tentativa
Onde nada abala o desígnio...
Ouço cada estalada que não sinto
Dor desejada no sentir
No entanto só o som a anuncia...
Continuo caminhando
Negando a existência
Rejeito afecto gratuito
“Uma parede “
talvez...
Construção anacrónica
De um corpo sem anos
Feito numa vida curta
Persistente no intuito...
Sou apenas o que resta
De um tempo longínquo...


Scorpio

09 dezembro 2006

Estátua da memória

Traços de um rosto
Desenhado na memória
Esculpido nas lagrimas... secas
De uma saudade eterna

Na melodia do cinzel
O tempo faz arte
Puro desespero cristalino
De um cansaço silencioso
Em busca de um fim
Num amanhã enfermo
De uma vida cálida...

Horas pertinazes
Fazem ecos
Protelam a razão... minha
De um ciclo negro
Num jardim de sepulcros
Onde cada vitória jaz


Scorpio

04 dezembro 2006

Sozinha (comigo)...









Encontro prometido comigo
Num vazio cheio de mim
Respiro-me...
Sei cada expressão que não vejo
Sinto cada emoção só minha
Sou eu...


Abro o peito dilacerado
Ferido numa vida morta
Cicatriz imperfeita
Que reveste o corpo...
Entrego-me nas horas sem tempo
Mergulhando a cada queda
Onda após onda
Esqueço o pensamento
Sou livre
Numa viagem salgada
Sem o calor da vida
Desafiando a raiva do mar


Deito-me no colo da terra
Agonizando regelada
Suspiro sorrindo...
Fecho os olhos da mente
Escuto o silêncio
De uma saudade sem corpo
Mas tão sentida...


Scorpio

28 novembro 2006

Alguém na solidão...


Ser o vicio do vicio
Alimento inebriante
Que sustem calvários
Penoso ar que circula
Num trajecto limitado

Abro os braços na escuridão
E mergulho no mar do abismo
Um voo sereno amortecido
Reflectido num eco sorridente
Audível no silêncio
Sinto-me viva... sem vida

O abraço liberta o frio
Traje humano inopinado
Sabor real cálido
Momento na solidão
Numa dança sem ritmo
Mas nos braços de alguém...

Scorpio

M... (de tantas palavras)...





Num infinito cruzado
Quando as mentes se encontram
As roupas do pensamento
Vão caindo...
Cortinas do corpo
Escondem a demência do sexo
Despidos vestem-se
Encontram a simbiose
Num estado nu... verdadeiro
Sorvem paladares em diálogo
Diferenciando aromas
Misturados num copo de whisky
Onde o liquido presente
Tem o travo da vodka...
O álcool perde-se
Absorvido pelo corpo
Entregue num mesclado
Contexto de desejos
Sorvidos pelo silêncio
Ocultos no olhar...
Contacto... propósito do tempo
Onde cada hora que passa
Enaltece a razão
De uma fusão sem orgasmo...

Scorpio

24 novembro 2006

Labirinto Silencioso

Abriu o peito rasgando a sua dor
Expondo o grito da raiva contida
Isolado de um mundo alheio à sua visão
Arrasta seu manto negro
Convicto dos seus desígnios
Escuro nas entranhas
Atroz no olhar
Na voz... suprema, declama horrores
Inferência do ser oculto
Escondido atras das pálpebras
Aqui se constrói o labirinto
Das palavras que perdi
Percorro cada caminho procurando
O sentido do epicentro
Não temo o tempo caliginoso
Fruto do silêncio imperfeito
Aceito a intempérie
Mas crucifico saudades meditadas
Dor ...
Sentimento escrupuloso
Palavra terna
Revestida de afecto
Pronunciada com respeito
Velada na vida real...

Scorpio

20 novembro 2006

Palavras mortas













Dias sem fim
Crucificam o pensamento
Numa ortografia cuidada
Rasurada na imagem reflectida
De cada palavra lida
Revestida de sentidos inexistentes ...

Qual o valor do contexto
Se fecharmos a porta

Renunciar emoções
Obliterar cada desejo
Faz do real
A utopia da pontuação
Anulando cada exclamação
Para um ponto final
Dando termo ao momento
Que se alastrava...
Tudo findou
Se alguma vez existiu
E neste texto a caligrafia
É sombreada pelo calor
Do ultimo ar expelido...



Scorpio

15 novembro 2006

Viajo no meu caminho...


Trilhos sem destino
Ou será trilhos com destino,
O que é o destino
Traçado de algum trilho...

Não me atropelo nestas sínteses
De conceitos básicos
Não esmoreço em conceitos...
E nestas negações
Construo o meu cepticismo,
No entanto...
A viagem alenta-me
O processo da incógnita
De sabor viciante
Desafia a minha fome
Do sentido oculto,
Deleito ousado... primário
Que me embala sôfrega
Num desejo imune...

E assim vou conduzindo
Delineando barreiras
Perante as ossadas
Das estatuas vivas
Um caminho promiscuo
Trajado em tons de ébano
Mas tão familiar...

Scorpio

08 novembro 2006

Negro Sereno...






























Luz que afoga o negro da esperança,
Manto de sentimentos
Vestem o corpo da vida
Dando termo à sua existência...
Resistir é cruel
Uma luta desigual faz vencidos
Triste ver o sorriso da esperança
Amarrado num silêncio
Onde o frio da união
Gela o corpo agonizado...

Nestes corredores de éter
O branco reluz
Mas é no negro
Que o descanso emerge...



06 novembro 2006

Dia Seis de Novembro

Dia de sangue
Marcou o momento de um ser...
Lagrimas no rosto mais belo
Aquietou a dor de um parto
Na visão do seu fruto,
Queria lembrar aquele olhar...

O corpo cresceu
Amando o tempo
Dos braços do afecto,
Porto seguro da dor
Dos dias salgados...

Hoje serás tu o marco do meu dia
Lembro cada vela acrescentada
Sorrindo nos teus olhos
Hoje... sorrio
Conheci o sentimento
O prazer de viver
Sei escolher cada caminho
Sem ter medo de morrer
Hoje... é o nosso dia mãe...


Scorpio

30 outubro 2006

... Para Sempre

















Ventos desorientados
Violentam corpos sem voz
Enaltecendo o poder eminente
Que lhe foi atribuído...
Eu, assisto bailando em ti
Entrego-te a dor
Rodopiando gritos cegos
Na passagem do meu intimo
Sorrindo no teu olhar...
E aí... a razão tempestuosa
Domina a voragem dos sentidos
Um negro abraço
Invade o silêncio numa valsa
Penetrando o corpo no avesso

Para sempre

Sensação tatuada
No gosto da minha voz
Um aroma cravado
No hálito do teu rasto


Scorpio

24 outubro 2006

Palavras que me vestem...



















Do dia fiz noite
Soltei a voz no silêncio
E na escrita eternizei
Um complexo de palavras

Vesti o corpo
Desígnio que me acompanha
Delineando sombras de um vulto
Escondido no exposto

Olho o espelho
Vislumbro a imagem...
Misto de traços funestos
Encobertos no sorriso
Um olhar sublime
Numa voragem interior
De uma queda constante...

Sou Deusa no altar
Aceito a aliança do fogo
Um marco tatuado
Entrelaçado por veias q se fundem...

A noite chegou
Findou os meus desvarios
Perpetuando no papel
Letras cruentas
Camufladas pela leitura
De olhos cândidos...


Scorpio

19 outubro 2006

Pálpebras do tempo...











Rasgados enfrentam a luz
Expostos ao tempo
Obrigados a ver
Sem voz nas pálpebras
Choram incrédulos
Na imagem da vida

Entre ecos
Vi...
Selei os lábios
Apaixonei-me...
Silencioso o instante
Arrastou a dor
Tornando leve
As vozes que se faziam ouvir

O fim chegou
Lacrou o momento
Na ausência
Deixando o cheiro
Que me abraça
Na saudade que me faz sorrir



Scorpio

11 outubro 2006

Meu mundo...























Coloco cada palavra escondida
No túmulo do medo
Faço do meu dialecto
As ruínas da memória
E assim vivo neste instante
Ausente do tempo real
Fácil fechar a vida
No contexto do meu mundo
Ser escrava do passado
E rainha da razão
Gerir cada imagem
Sentindo o cheiro
Sorrir na saudade
Consciente da porta que abri
Sou vida
Num ciclo que vive
Camuflando delírios
Nas verdades dos outros
Recolhida num abraço meu...


Scorpio