11 dezembro 2006

Fria... (vida sem registo)
























Atravesso a vida sem chão
Suspensa como uma rocha flutuante
O vento desafia o percurso
Inexorável tentativa
Onde nada abala o desígnio...
Ouço cada estalada que não sinto
Dor desejada no sentir
No entanto só o som a anuncia...
Continuo caminhando
Negando a existência
Rejeito afecto gratuito
“Uma parede “
talvez...
Construção anacrónica
De um corpo sem anos
Feito numa vida curta
Persistente no intuito...
Sou apenas o que resta
De um tempo longínquo...


Scorpio