04 julho 2006

Espero-te no silêncio...


























Abraça-me...
Palavra tão terna num discurso directo
Um desejo explicito
E tão ausente...



Entrego-te a minha vida
Como alimento eterno
Ninguém mata a fome da paixão
Quando esta atormenta o corpo



Tantas noites de desejo
Procurando o teu olhar
Delírios sucessivos
Embriagantes
Atravessaram o percurso sinuoso
Dando espaço erróneo...
As quedas foram sucessivas
Sonhei com o amparo das tuas asas
Mas o espelho mostrou a minha face
Eu sou o quê
Um ser sem reflexo
Ou apenas tu não me vês...
Pudessem as palavras esconder
Magoas de uma vivência
Do teu conhecimento
Saber da tua existência
E esperar no canto
Revestido de silêncio
Os teus braços...

Scorpio