28 junho 2006

Sem som...


























Encontro nas palavras refugio
Oculto a sombra sem deixar rasto
Mas as frases denunciam
Olho o tempo do meu tempo
Apago-o num recomeço
E venço-o por cansaço...( mentira)
Desperto no silêncio
Encontro-me (desejo-me)
Consagro o meu ser
Libertando o medo...
Os sons nulos (meus)
Agem como terapia...
Descubro ondas enigmáticas
Que me excitam
Exponho o meu delírio
Num ritmo carnal
Embriagada num cio emulado
Mas o tempo volta
Cruel e impiedoso
Com a clara visão de um estado nulo
Esbofeteando a razão da minha utopia...
E...
Escondo... fugindo de mim.
Sou tudo aquilo que não escolhi
Lamento ser assim
Uma imagem do tempo... sem som...



Scorpio