15 setembro 2006

No odor do mistério...


A luz quase ausente dá forma a um corpo reflectido no espaço ... Por entre cheiros diversos o ar é sufocante... penetra... gela cada tentativa de o expelir, incrível como um acto natural se torna único quando os sentidos são alterados...
E de novo a sombra... Que interjeição usar para citar o quanto deslumbra um vulto sem rosto escondido na penumbra... que delírio profana o chão levando a razão do equilíbrio...
O silêncio da selva cimentada faz do vento um som sombrio, a angustia de um caminho solitário faz a razão do medo... tal como vidas fragmentadas que se arrastam revestidas de fobias...
A luz agora ausente, reflecte na noite o mistério da vida, onde o cheiro da morte põe termo a dúvidas nas mentes que amam sem saberem o caminho... a confiança do ser leva o desafio ao ritmo das brasas... mistério suculento apenas sorvido por quem sente...

Scorpio