06 setembro 2006

Encontro no olhar...




Sussurros quentes
Hálitos perversos
Salivas mistas...
É tão fácil escrever
Quando tudo faz sentido
Linhas de palavras vivas
Preenchem livros vulgares
Num secretismo de identidades...
A origem do obsceno
Escondido nas vestes
Faz do primário
Um mestrado...
Improfícuo o soletrar
Quando vetamos atónitos
No espaço que nos limita...
Hediondamente julgados
Somos sentença liberta
Únicos...
Segredamos no silêncio
Na neblina de cada encontro perdido
A ausência justificada
Repleta num sabor cruento
Desígna um final
Onde o foco do olhar
Quebrará a estátua
Num incrédulo latejo...

Scorpio