28 setembro 2006

Amar no silêncio...























Resisto ao meu delírio
Alimento cada fragmento
Numa entrega lúcida
Consciente...
Amarro cada sentido
Sustenho suspiros
Sinto o gelo nos lábios
Sabor da pedra
Que me beija...
O abraço que me envolve
Frio... mas tão quente
Circula no inverso
Onde o recinto carnal
Dilata na passagem...
Entrego-me
Repouso a arma
Trespassando o circuito
Ansiosa no toque
Que contorna o meu rosto...
As lágrimas são vivas
Afogueadas...
Repletas de dor
Salva-me com o teu hálito
Prova-me...
Caminha no meu delírio
E diz-me em silêncio
Palavras mudas...


Scorpio