04 agosto 2006

Ouve o som no tempo




















Vejo o deturpar da razão
De forma audaz me envolvo
A fonética perturba
Respiro controlada
Focando passos
As rajadas são poderosas
Embalam-me
Será o delírio o meu espelho...
O corpo ténue
Resiste indiferente
Um vulcão escondido
Guardado dos olhos vadios
Da baba canina
Deixo o rasto no aroma
Aos olhos do alcance
Nos trajes oculto o ser
Da luz mórbida do dia
Tu que me invades
Das escarpas noctívagas
Esconso ser singular
Emprenhas o desejo
Gerando raízes
Que devoram a matriz
Vem... não me temas
Sou soberana do meu arbítrio
Na psicose encastrada
Aguardo sem silêncio
Soprando na neblina
Ecos estrepitosos
Rogando a queda dos teus sentidos...
Scorpio