31 agosto 2006

Exilios... de cor...




O vermelho ausente
Deixou o espaço aberto
Pinto cada letra com a cor da saliva
Palavras reais
Degustadas na minha boca...
Olho o texto e não me leio
Sinto cada letra cravada
Num contexto desorientado
Por palavras esculpidas
De aspecto gélido
Mas minhas...
Sinto a aragem do tempo
Um serrar de olhos
Faz o negro instante
A razão perplexa
De um espaço fechado
E como eu gosto do negro...
As palavras vestem-se
Pelas chamas do fogo
Um interior vermelho camuflado
Cheio de interjeições banais
Remitidas ao exílio...
Hoje sou pedra
Faço história na lápide
No caminho do teu sal...

Scorpio