22 junho 2006

Desígnios...






















Sopras escondido rasgando obstáculos
O teu silêncio turbulento
Fere... arrastando nostalgias
Sinto as lanças cravadas
Dores escondidas...
Abro a mão e seguro o ar
Esmago o ódio do passado
Crescendo na força do ser...
Dói tanto ...
Sorrio morrendo
Revelo a força que não tenho...
Sou desígnio do estar
Aparente bloco impoluto
Abafado na razão
Ergo-me...
Caminho num trilho conhecido
Dou voltas e voltas
A cada passo enterro o desequilíbrio
Mas...
Abro os olhos...
Sinto-te...
Roças o meu corpo
Marcando a tua presença...
Somos únicos...
E nesse delírio entrego-me
Num dilúvio sangrento
Saciando-te...

Sou tua...


Scorpio