05 junho 2006

Caos...




















Subo as escadas do meu cérebro tentando encontrar o patamar, os círculos são miragens de uma escada em caracol, sinto o delírio fingido tomar conta das pulsações alucinando os pés numa dança de tonturas... o equilíbrio derruba-me levando o corpo numa queda sem fim. O ar bate-me rasgando o peito, sou exposta num buraco negro revelando o meu sangue... Grito, tenho medo... Os meus ecos são mudos. Estou presa a um mundo flutuante na corda do caos.
Aceito na revolta contida o estado regente numa tertúlia de sombras, pedaços mundanos de gente causticada em recintos oprimidos... faço do silêncio a minha linguagem tentando sobreviver num conceito de vida defunta ...
Abutres famintos rodeiam cada palavra na espera da sua decomposição...
E agora?? Como trepar na lógica deste estado ausente. Escalar as paredes de um chão guardado por fendas víricas ...

Encontrei o patamar do degredo... vestido de branco.


Scorpio