11 maio 2006

Observo...

Estou presa neste olhar
Rasgado pelo ódio...
Um nada revestido
Pela essência do caos...
Caminho sobre a luz
Sou livre na queda
Observo do alto
Sem poder respirar...
Sinto-os...
O chão que os acolhe... gélido
Queima-lhes a carne... e eu sigo ...
Arrasto as cicatrizes
Cravadas nos rostos pelo desânimo
Vidas insanas
Sustentadas por pedaços de carne
Desfiguradas nos olhos
Dos corredores da espera...
Estou exposta ao degredo
Deixei de sentir...
Cravei no meu corpo a dor
Do ter que existir...